5 mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica

5 mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica é um procedimento que visa reduzir o peso e melhorar a saúde de pessoas com obesidade grave, que não conseguem emagrecer com outras formas de tratamento. 

No entanto, existem muitas dúvidas e informações falsas sobre esse tipo de cirurgia, que podem gerar medo, insegurança ou expectativas irreais nos pacientes e na sociedade. 

Neste artigo, vamos esclarecer 5 mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica, para que você possa conhecer melhor os benefícios, os riscos e as limitações desse procedimento.

Mito 1: A cirurgia bariátrica é uma solução fácil e definitiva para a obesidade

Muitas pessoas acreditam que a cirurgia bariátrica é uma forma rápida e garantida de emagrecer, sem exigir esforço ou mudança de hábitos. No entanto, isso não é verdade

A cirurgia bariátrica é um tratamento complexo e delicado, que requer preparação, acompanhamento e comprometimento do paciente. A cirurgia bariátrica não é uma cura para a obesidade, mas sim uma ferramenta para auxiliar o paciente a perder peso e controlar as doenças associadas, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, entre outras. 

Portanto, a cirurgia bariátrica não é uma solução fácil e definitiva para a obesidade, mas sim uma parte de um processo que envolve também dieta, exercício físico, terapia e educação alimentar.

Verdade 1: A cirurgia bariátrica pode trazer benefícios para a saúde e a qualidade de vida

A cirurgia bariátrica pode trazer benefícios para a saúde e a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com a obesidade grave e as doenças relacionadas. 

Estudos mostram que a cirurgia bariátrica pode promover uma perda de peso significativa e duradoura, que varia de 25% a 40% do peso inicial, dependendo do tipo de cirurgia e do seguimento do paciente. 

A cirurgia bariátrica pode melhorar ou curar diversas condições de saúde, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, apneia do sono, esteatose hepática, refluxo gastroesofágico, entre outras. 

A cirurgia bariátrica também pode trazer benefícios psicológicos e sociais, como aumento da autoestima, da confiança, da satisfação corporal, da interação social e da mobilidade física.

Mito 2: A cirurgia bariátrica é muito perigosa e pode causar a morte

Muitas pessoas têm medo de fazer a cirurgia bariátrica por acreditarem que ela é muito perigosa e pode causar a morte. No entanto, isso não é verdade. A cirurgia bariátrica é um procedimento seguro, que apresenta baixas taxas de complicações e mortalidade. 

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), a taxa de complicações graves da cirurgia bariátrica é de cerca de 3%, e a taxa de mortalidade é de 0,08%, o que é menor do que a taxa de mortalidade de outras cirurgias, como a de vesícula ou a de apendicite. 

Além disso, a cirurgia bariátrica pode reduzir o risco de morte por causas relacionadas à obesidade, como doenças cardiovasculares, câncer, infecções, entre outras.

Verdade 2: A cirurgia bariátrica pode causar efeitos colaterais e complicações

Apesar de ser um procedimento seguro, a cirurgia bariátrica pode causar efeitos colaterais e complicações, que variam de acordo com o tipo de cirurgia, o estado de saúde do paciente, a técnica cirúrgica e o seguimento pós-operatório. 

Os efeitos colaterais mais comuns da cirurgia bariátrica são: náuseas, vômitos, diarreia, gases, cólicas, intolerância a alguns alimentos, anemia, deficiência de vitaminas e minerais, queda de cabelo, flacidez da pele, entre outros. 

As complicações mais graves da cirurgia bariátrica são: sangramento, infecção, fístula, estenose, úlcera, hérnia, trombose, embolia, perfuração, obstrução, síndrome de dumping, hipoglicemia, entre outras. 

Essas complicações são raras e, quando ocorrem, costumam ser tratadas com medicamentos, endoscopia ou cirurgia. Por isso, é importante que o paciente siga as orientações médicas, faça os exames periódicos e procure atendimento em caso de sintomas anormais.

5 mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica

Mito 3: A cirurgia bariátrica é indicada para qualquer pessoa que queira emagrecer

Muitas pessoas pensam que a cirurgia bariátrica é indicada para qualquer pessoa que queira emagrecer, independentemente do seu peso, da sua idade, da sua saúde ou da sua motivação. 

No entanto, isso não é verdade. A cirurgia bariátrica é um tratamento indicado para casos específicos de obesidade grave, que não respondem a outras formas de tratamento. 

Segundo as diretrizes do Ministério da Saúde, a cirurgia bariátrica é recomendada para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 kg/m², ou com IMC entre 35 kg/m² e 40 kg/m², que tenham doenças associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, entre outras. 

Além disso, a cirurgia bariátrica é indicada para pessoas com idade entre 16 e 65 anos, que tenham tentado outras formas de tratamento por pelo menos dois anos, que não tenham contraindicações médicas ou psiquiátricas, que tenham consciência dos riscos e benefícios do procedimento e que estejam dispostas a mudar seus hábitos de vida.

Verdade 3: A cirurgia bariátrica requer acompanhamento multidisciplinar

A cirurgia bariátrica requer acompanhamento multidisciplinar, que envolve uma equipe de profissionais de diferentes áreas, como cirurgião, nutricionista, psicólogo, endocrinologista, cardiologista, entre outros. 

Esse acompanhamento é essencial para preparar o paciente para a cirurgia, avaliar o seu estado de saúde, orientar sobre os cuidados pré e pós-operatórios, monitorar os resultados, prevenir e tratar as complicações, oferecer suporte emocional, educar sobre a alimentação e o exercício físico, entre outras funções. 

O acompanhamento multidisciplinar deve ser iniciado antes da cirurgia e mantido por toda a vida do paciente, para garantir o sucesso e a segurança do tratamento. Segundo a SBCBM, o acompanhamento multidisciplinar pode aumentar em até 20% as chances de sucesso da cirurgia bariátrica.

Mito 4: A cirurgia bariátrica impede a gravidez

Muitas mulheres têm receio de fazer a cirurgia por acreditarem que ela impede a gravidez ou prejudica o desenvolvimento do bebê. No entanto, isso não é verdade. 

A cirurgia bariátrica não impede a gravidez, pelo contrário, pode até facilitar a concepção, pois melhora a fertilidade e reduz os problemas ginecológicos relacionados à obesidade, como a síndrome dos ovários policísticos, a anovulação, a menstruação irregular, entre outros. 

Além disso, a cirurgia não prejudica o desenvolvimento do bebê, desde que a gestação seja planejada e acompanhada por uma equipe médica. A recomendação é que a mulher espere pelo menos 18 meses após a cirurgia para engravidar, pois esse é o período em que a perda de peso é mais intensa e o organismo está se adaptando às mudanças. 

Nesse período, a gravidez pode aumentar o risco de complicações, como aborto, parto prematuro, baixo peso do bebê, deficiência de nutrientes, entre outras. Por isso, é importante usar métodos contraceptivos eficazes e evitar a gravidez não planejada. 

Após esse período, a mulher pode engravidar normalmente, desde que faça um acompanhamento pré-natal adequado, com exames de sangue, de urina, de ultrassom, de glicemia, de pressão arterial, entre outros. 

A mulher também deve seguir uma dieta balanceada e suplementar as vitaminas e os minerais que possam estar em falta, como ferro, ácido fólico, cálcio, vitamina B12, entre outros. Assim, a cirurgia bariátrica não impede a gravidez, mas requer cuidados especiais para garantir a saúde da mãe e do bebê.

Verdade 4: A cirurgia bariátrica pode melhorar a vida sexual

A cirurgia bariátrica pode melhorar a vida sexual dos pacientes que sofrem com a obesidade grave e as consequências dela. Estudos mostram que a cirurgia bariátrica pode aumentar o desejo, a frequência, a satisfação e a qualidade sexual dos pacientes, tanto homens quanto mulheres. 

Isso se deve a vários fatores, como a perda de peso, a melhora da autoestima, da confiança, da imagem corporal, da mobilidade física, da interação social, entre outros. 

Além disso, a cirurgia bariátrica pode melhorar ou curar algumas condições de saúde que afetam a função sexual, como diabetes, hipertensão, dislipidemia, apneia do sono, infertilidade, disfunção erétil, ejaculação precoce, anorgasmia, entre outras.

Mito 5: A cirurgia bariátrica é a mesma para todos os pacientes

Muitas pessoas pensam que a cirurgia bariátrica é a mesma para todos os pacientes, que consiste em reduzir o tamanho do estômago e desviar parte do intestino. 

No entanto, isso não é verdade. A cirurgia bariátrica é um procedimento que pode ser realizado de diferentes formas, de acordo com o tipo de técnica cirúrgica, que pode ser restritiva, disabsortiva ou mista. 

Cada técnica tem suas vantagens, desvantagens, indicações, contraindicações, resultados e complicações. As técnicas mais utilizadas no Brasil são:

  • Banda gástrica ajustável: é uma técnica restritiva, que consiste em colocar um anel de silicone ao redor da parte superior do estômago, formando uma pequena bolsa que limita a quantidade de comida que pode ser ingerida. O anel pode ser ajustado por meio de um dispositivo que fica sob a pele, que injeta ou retira líquido do anel, aumentando ou diminuindo a sua pressão. Essa técnica é reversível, pois o anel pode ser retirado a qualquer momento. A vantagem dessa técnica é que ela não altera a anatomia do estômago e do intestino, preservando a absorção dos nutrientes. A desvantagem é que ela promove uma perda de peso menor e mais lenta do que as outras técnicas, e pode causar complicações como deslizamento, infecção, erosão ou perfuração do anel.
  • Gastrectomia vertical: é uma técnica restritiva, que consiste em retirar cerca de 80% do estômago, deixando um tubo estreito que se conecta ao intestino. Essa técnica reduz a capacidade do estômago e a produção do hormônio grelina, que estimula a fome. A vantagem dessa técnica é que ela promove uma perda de peso significativa e rápida, e não altera a absorção dos nutrientes. A desvantagem é que ela é irreversível, pois o estômago não pode ser reconstruído, e pode causar complicações como vazamento, sangramento, estenose ou refluxo gastroesofágico.
  • Bypass gástrico: é uma técnica mista, que combina a restrição e a disabsorção. Ela consiste em criar uma pequena bolsa no estômago, que se conecta diretamente a uma parte distal do intestino delgado, desviando de uma parte do estômago e do intestino. Essa técnica reduz a capacidade do estômago e a absorção dos nutrientes, principalmente dos carboidratos e das gorduras. A vantagem dessa técnica é que ela promove uma perda de peso significativa e duradoura, e melhora ou cura diversas doenças associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, entre outras. A desvantagem é que ela é parcialmente reversível, pois o estômago e o intestino podem ser reconectados, mas não na sua forma original, e pode causar complicações como vazamento, sangramento, estenose, úlcera, fístula, síndrome de dumping, anemia, deficiência de vitaminas e minerais, entre outras.
  • Duodenal switch: é uma técnica mista, que combina a restrição e a disabsorção. Ela consiste em retirar cerca de 70% do estômago, deixando um tubo estreito que se conecta ao intestino delgado, e desviar a maior parte do intestino delgado, reduzindo a absorção dos nutrientes, principalmente das gorduras. Essa técnica reduz a capacidade do estômago e a produção do hormônio grelina, que estimula a fome. A vantagem dessa técnica é que ela promove uma perda de peso muito significativa e duradoura, e melhora ou cura diversas doenças associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, entre outras. A desvantagem é que ela é irreversível, pois o estômago e o intestino não podem ser reconstruídos, e pode causar complicações como vazamento, sangramento, estenose, úlcera, fístula, síndrome de dumping, anemia, deficiência de vitaminas e minerais, diarreia, flatulência, entre outras.

Portanto, a cirurgia bariátrica não é a mesma para todos os pacientes, mas sim uma escolha individualizada, que deve levar em conta as características, as necessidades, as expectativas e os objetivos de cada paciente, bem como a opinião e a experiência do cirurgião.

Verdade 5: A cirurgia bariátrica pode mudar o paladar e o apetite

A cirurgia bariátrica pode mudar o paladar e o apetite dos pacientes, devido às alterações anatômicas, hormonais e neurológicas que ocorrem após o procedimento. 

Estudos mostram que a cirurgia pode alterar a percepção dos sabores, principalmente dos doces e dos salgados, tornando-os menos agradáveis ou mais intensos. 

A cirurgia bariátrica pode alterar a produção e a liberação de hormônios que regulam o apetite, como a grelina, a leptina, a colecistoquinina, o peptídeo YY, entre outros. Esses hormônios podem influenciar a fome, a saciedade, a preferência alimentar, a ingestão calórica, o gasto energético, entre outros aspectos. 

Por isso, a cirurgia bariátrica pode mudar o paladar e o apetite dos pacientes, fazendo com que eles sintam menos fome, se saciem mais rápido, tenham menos vontade de comer doces ou alimentos gordurosos, e consumam menos calorias.

Conclusão

A cirurgia bariátrica é um procedimento que visa reduzir o peso e melhorar a saúde de pessoas com obesidade grave, que não conseguem emagrecer com outras formas de tratamento. No entanto, existem muitos mitos e verdades sobre esse tipo de cirurgia, que podem gerar confusão, medo ou expectativas irreais nos pacientes e na sociedade. 

Por isso, é importante conhecer os benefícios, os riscos e as limitações desse procedimento, para que se possa tomar uma decisão consciente e informada.

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