O balão intragástrico é um dispositivo médico que é colocado dentro do estômago, por meio de uma endoscopia, com o objetivo de reduzir o espaço disponível para a alimentação e, consequentemente, induzir a perda de peso. É indicado para pessoas que sofrem de obesidade ou sobrepeso, que não conseguem emagrecer com dieta, exercício ou medicamentos, e que não querem ou não podem fazer uma cirurgia bariátrica. Um método temporário, que deve ser retirado após 6 meses ou 1 ano, dependendo do tipo de balão. Neste artigo, vamos mostrar quais são os benefícios do balão intragástrico para o paciente, como ele funciona, quais são os tipos, os riscos e os cuidados do procedimento.
Como funciona o balão intragástrico?
O balão intragástrico funciona como uma forma de limitar a ingestão de alimentos e aumentar a sensação de saciedade do paciente. É um saco de silicone, que é introduzido vazio no estômago, por meio de uma endoscopia, que é um exame que usa uma câmera acoplada a um tubo flexível, que é inserido pela boca, passando pela garganta e pelo esôfago, até chegar ao estômago. O balão intragástrico é então inflado com soro fisiológico ou com ar, ocupando cerca de 30% a 50% do volume do estômago. Ele fica flutuando no estômago, sem se fixar na parede ou obstruir a saída do órgão. O balão intragástrico faz com que o paciente se sinta cheio mais rápido e por mais tempo, reduzindo a quantidade e a frequência das refeições. O balão intragástrico também pode alterar os níveis de hormônios que regulam o apetite, como a grelina, que estimula a fome, e o peptídeo YY, que promove a saciedade. O balão intragástrico pode levar a uma perda de peso de 10% a 25% do peso inicial, em média, dependendo do tipo de balão, da adesão do paciente a um programa de reeducação alimentar e de atividade física, e da presença de outras doenças associadas à obesidade.
Quais são os tipos de balão intragástrico?
Existem diferentes tipos de balão intragástrico, que variam em tamanho, forma, material, volume, tempo de permanência e forma de colocação e retirada. Os tipos mais comuns de balão intragástrico são:
- Balão intragástrico de soro: é o tipo mais usado, que consiste em um balão de silicone, que é inflado com cerca de 500 ml de soro fisiológico, misturado com um corante azul, que serve para alertar o paciente em caso de rompimento do balão. O balão intragástrico de soro deve ser retirado após 6 meses, por meio de uma endoscopia, que desinfla e extrai o balão.
- Balão intragástrico de ar: é um tipo mais recente, que consiste em um balão de poliuretano, que é inflado com cerca de 400 ml de ar, que é mais leve e menos denso do que o soro. O balão intragástrico de ar deve ser retirado após 1 ano, por meio de uma endoscopia, que desinfla e extrai o balão.
- Balão intragástrico ajustável: é um tipo mais sofisticado, que consiste em um balão de silicone, que é inflado com cerca de 400 ml de soro fisiológico, mas que pode ter o seu volume ajustado ao longo do tempo, por meio de um cateter que fica conectado ao balão e que sai pela boca do paciente. O balão intragástrico ajustável permite aumentar ou diminuir o volume do balão, de acordo com a necessidade e a tolerância do paciente. O balão intragástrico ajustável deve ser retirado após 1 ano, por meio de uma endoscopia, que desinfla e extrai o balão.
- Balão intragástrico ingerível: é um tipo mais inovador, que consiste em um balão de polímero, que é ingerido pelo paciente em forma de cápsula, que se dissolve no estômago, liberando o balão. O balão intragástrico ingerível é inflado com cerca de 250 ml de gás, que é injetado por meio de um cateter que fica conectado à cápsula e que é retirado pela boca do paciente. O balão intragástrico ingerível não precisa ser retirado, pois ele se desinfla e é eliminado naturalmente pelas fezes, após cerca de 4 meses.
Quais são os riscos do balão intragástrico?
O balão intragástrico é um procedimento seguro, que apresenta poucas complicações, mas que pode causar alguns efeitos colaterais ou riscos, como:
- Náuseas, vômitos, cólicas, gases, diarreia, refluxo, azia, dor de estômago ou de garganta, que são comuns nos primeiros dias após a colocação do balão, mas que tendem a melhorar com o tempo e com o uso de medicamentos.
- Desidratação, desnutrição, anemia, deficiência de vitaminas ou minerais, que podem ocorrer se o paciente não se alimentar ou se hidratar adequadamente, ou se vomitar muito. Por isso, é importante seguir as orientações nutricionais e tomar suplementos, se necessário.
- Infecção, sangramento, perfuração, úlcera, obstrução ou inflamação do estômago, do esôfago, do intestino ou do fígado, que podem ocorrer se o balão estiver mal posicionado, rompido, vazando ou migrando. Por isso, é importante fazer o acompanhamento médico e realizar exames periódicos, para verificar o estado do balão e do aparelho digestivo.
- Síndrome de hiperinflação, que é uma complicação rara, mas grave, que pode ocorrer se o balão se expandir excessivamente, devido a uma alteração na pressão ou na temperatura do gás ou do líquido que o infla. Isso pode causar dor intensa, dificuldade para respirar, aumento da pressão arterial, arritmia cardíaca ou choque. Por isso, é importante procurar atendimento médico de emergência, se houver esses sintomas.
Quais são os cuidados com o balão intragástrico?
O balão intragástrico requer alguns cuidados antes, durante e depois do procedimento, para garantir uma boa adaptação e um bom resultado. Os cuidados variam de acordo com o tipo de balão, mas em geral incluem:
- Avaliação médica, para verificar se o paciente tem indicação, contraindicação ou risco para fazer o procedimento, realizando exames de sangue, de imagem e de endoscopia, se necessário.
- Preparação para o procedimento, que pode envolver jejum, uso de medicamentos, suspensão de anticoagulantes, anti-inflamatórios ou aspirina, e orientações sobre o que esperar e como se comportar durante e após o procedimento.
- Acompanhamento nutricional, para orientar o paciente sobre a dieta adequada para cada fase do tratamento, que pode envolver uma dieta líquida, pastosa ou sólida, com restrição de calorias, gorduras, açúcares, bebidas alcoólicas, gaseificadas ou com cafeína, e com suplementação de vitaminas ou minerais, se necessário.
- Acompanhamento psicológico, para ajudar o paciente a lidar com as mudanças físicas, emocionais e comportamentais que o procedimento pode causar, como ansiedade, depressão, compulsão, frustração, autoestima, etc.
Ok, eu vou continuar o conteúdo do artigo de blog sobre o balão intragástrico. Aqui está a continuação:
- Acompanhamento físico, para incentivar o paciente a praticar exercícios regulares, de acordo com a sua capacidade e orientação médica, para aumentar o gasto calórico, melhorar o condicionamento físico, prevenir doenças e manter o peso perdido.
- Retirada do balão, que deve ser feita após 6 meses ou 1 ano, dependendo do tipo de balão, por meio de uma endoscopia, que desinfla e extrai o balão. A retirada do balão é importante para evitar complicações, como rompimento, vazamento, migração ou infecção do balão, e para permitir que o estômago volte ao seu tamanho e funcionamento normal.
Quais são os benefícios do balão intragástrico?
O balão intragástrico pode trazer vários benefícios para o paciente, como:
- Perda de peso significativa, que pode variar de 10% a 25% do peso inicial, em média, dependendo do tipo de balão, da adesão do paciente a um programa de reeducação alimentar e de atividade física, e da presença de outras doenças associadas à obesidade.
- Melhora da saúde e da qualidade de vida, que pode envolver a redução ou a remissão de doenças relacionadas à obesidade, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, apneia do sono, artrose, refluxo, esteatose hepática, etc., e o aumento da autoestima, da confiança, da disposição, da mobilidade, da sociabilidade, etc.
- Menor risco de complicações, que pode ocorrer com outros métodos de perda de peso, como cirurgia bariátrica, que é mais invasiva, complexa e definitiva, e que pode causar efeitos colaterais, como dumping, síndrome de má absorção, anemia, osteoporose, etc., ou medicamentos, que podem causar efeitos colaterais, como taquicardia, insônia, ansiedade, dependência, etc.
- Maior facilidade e rapidez, que pode ser observada com o balão intragástrico, que é um procedimento simples, rápido, ambulatorial, que não requer cortes, pontos, cicatrizes ou alterações anatômicas, e que pode ser feito por diferentes técnicas e por diferentes motivos.
Conclusão
Neste artigo, você aprendeu o que é e como funciona o balão intragástrico, quais são os tipos, os riscos e os cuidados do procedimento. Você também viu quais são os benefícios do balão intragástrico para o paciente, como a perda de peso, a melhora da saúde, a menor risco de complicações e a maior facilidade e rapidez. Esperamos que este artigo tenha sido útil para você e que você consiga esclarecer as suas dúvidas sobre o balão intragástrico. Se você gostou deste artigo, compartilhe com os seus amigos e deixe o seu comentário.
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